samedi 7 mars 2009

China manipula violência no Tibete



Um dos serviços de inteligência de Inglaterra (GCHQ) confirmou que agentes do Exército Popular de Libertação Chinês vestiram-se de monges budistas para aumentar a violência nos protestos que feriram ou mataram centenas de tibetanos.

Acredita-se que a decisão foi tomada por Pequim como uma forma de acabar de vez com os problemas na região, que já estava atraindo atenção negativa com a chegada dos jogos olímpicos.

Depois dos protestos que ocorreram há algumas semanas observaram-se cada vez mais monges realizando actos de desobediência pública. Posteriormente imagens mostraram que o exército utilizou agentes como provocadores para obterem a desculpa necessária que precisavam.

O que o governo chinês não esperava era que a situação ficasse descontrolada e protestos semelhantes ocorressem em vários povoados vizinhos.

Mesmo que o Dalai Lama tenha dito que desistiria do posto de líder dos budistas caso a violência não tivesse fim vários protestos continuaram a ocorrer porque a maior parte dos monges actuais são jovens, desempregados e acreditam que somente uma acção directa venha a mudar alguma coisa.

A tocha olímpica vai passar pelo Tibete daqui a algumas semanas e o governo chinês começa a ficar desesperado sem saber o que fazer. A maior prova disto foi a declaração por parte do primeiro-ministro chinês em falar com o Dalai Lama.

Outro passo do governo chinês em busca da aceitação mundial no conflito com o Tibete é a visita realizada neste fim-de-semana por representantes de 15 países, onde nenhum deles pode sair do programa feito pelo governo.

Um dos representantes chegou a afirmar que aquilo não poderia ser utilizado como substituto para a liberdade de poder visitar a parte que lhe convier.

Numa visita semelhante feita por jornalistas chineses e de outros países, um grupo de 30 monges fez um protesto onde gritaram “O Tibete não é livre.” Um repórter da Associated Press afirmou que aquele foi o único momento espontâneo da visita.

Os repórteres em visita a Lhasa descreveram a cidade como dividia, a parte chinesa e seus negócios estavam normais. Já a cidade antiga, onde vive a maioria tibetana ainda se encontra sob forte presença policial.

Quando questionado sobre o que aconteceria com as pessoas que participaram dos protestos, os oficiais chineses disseram que nada seria feito com estas pessoas. “Nós nunca lhes faríamos mal. Nós nunca iremos deter qualquer pessoa que você encontre nas ruas de Lhasa. Eu não acredito que nenhum governo faça algo assim.” Afirmou o vice-governador do Tibete, Baima Chilin.

Fontes:Times, BBC,


Intimidação e mentira




China alerta demais países para não receberem o Dalai Lama


PEQUIM - O ministro das Relações Exteriores da China, em discurso antes de duas datas históricas na próxima semana, alertou neste sábado outros países que não deixem o Dalai Lama usar o seu território para tentar tirar o Tibete do domínio chinês.

Pequim cancelou abruptamente um encontro entre China e União Europeia no ano passado em retaliação ao encontro do presidente francês, Nicolas Sarkozy, com o líder espiritual exilado que Pequim condena como sendo um separatista.

O Dalai Lama, que fugiu do Tibete em março de 1959 após uma revolta frustrada contra o domínio chinês, diz que só pleiteia maior autonomia para a região localizada no oeste da China, e não uma independência total.

"Ao desenvolver relações com a China, outros países não devem permitir que o Dalai Lama visite suas nações e não devem permitir que seus territórios sejam usados pelo Dalai Lama para realizar atividades separatistas para a independência do Tibete", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Yang Jiechi.

"Acho que isso é parte integral das normas que regem as relações internacionais", afirmou o chanceler, em coletiva de imprensa, em meio a um encontro anual no Parlamento.

Na próxima terça-feira, o 50º aniversário da fuga ao exílio do Dalai Lama, ganhador do Prêmio Nobel da Paz. Além disso, em 14 de março do ano passado, ocorreram os protestos em Lhasa que deixaram 19 mortos, a maioria chineses do grupo étnico Han e lojistas muçulmanos Hui.

Além de querer reescrever a historia de dois países a China julga-se no direito de querer obrigar o resto do planeta a seguir a sua mórbida cartilha.